Autismo e TEA Publicado em 08/09/2025 por Dra. Márcia Costa

A importância do brincar no desenvolvimento da criança autista

Brincar é muito mais do que diversão: é aprendizado, comunicação e construção de vínculos. Para crianças com autismo, o brincar mediado por familiares, professores e terapeutas torna-se uma ferramenta essencial no desenvolvimento das habilidades sociais, da autonomia e da inclusão.

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O brincar é muito mais do que uma diversão na infância: é uma linguagem universal que ajuda a criança a se expressar, aprender e se conectar com o mundo. Para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), o brincar ganha um papel ainda mais especial, funcionando como um recurso fundamental para o desenvolvimento da comunicação, da autonomia e das habilidades sociais.

Por que o brincar é tão importante?

Expressão e aprendizado: por meio das brincadeiras, a criança explora sentimentos, aprende regras, exercita a imaginação e desenvolve a empatia.

Construção de vínculos: ao brincar com outras crianças ou com adultos, surgem oportunidades de compartilhar, esperar a vez, olhar nos olhos e se comunicar de forma mais natural.

Desenvolvimento integral: jogos simbólicos, atividades de faz de conta e brincadeiras coletivas ajudam na linguagem, na cognição e na socialização.

O brincar e o autismo

Crianças autistas podem apresentar dificuldades para iniciar ou manter brincadeiras simbólicas e interativas. Por isso, a mediação de um adulto – seja um terapeuta, professor ou familiar – é fundamental. Com apoio, o brincar deixa de ser um desafio e passa a ser um caminho para a inclusão.

Modelos terapêuticos como Denver, Floortime, ABA Naturalista e TEACCH mostram como atividades lúdicas bem conduzidas podem estimular a comunicação, a atenção conjunta e o respeito às regras sociais.

Família e escola como parceiras

O envolvimento da família no brincar é essencial. Pais que transformam momentos simples, como o banho ou uma ida ao mercado, em brincadeiras criam laços mais fortes e favorecem o aprendizado social.

Já a escola é um espaço privilegiado de socialização, onde atividades lúdicas inclusivas permitem que a criança com TEA participe ativamente, aprenda a cooperar e desenvolva autonomia.

Conclusão

O brincar deve ser visto não apenas como uma diversão, mas como um direito e uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento da criança autista. Quando bem orientadas, as brincadeiras ajudam a melhorar a comunicação, a interação e a qualidade de vida, além de fortalecer os vínculos familiares e sociais.

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